segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

A desenganada visão de Cioran sobre a Vitalidade do Amor

*Na volúpia, tal como nos momentos de pânico, regressamos às nossas origens, o chimpanzé, injustamente relegado, alcança por fim a glória - pelo espaço de um grito.

*Há desempenhos que só perdoamos a nós próprios: se imaginássemos os outros no apogeu de certos grunhidos, ser-nos-ia impossível ainda lhe estendermos a mão.

*Vitalidade do Amor: é-nos impossível maldizer, sem injustiça, um sentimento que sobreviveu ao romantismo e ao bidé.

*A arte de amar? É saber acrescentar a um temperamento de vampiro a discrição de uma anémona.

*Nós amamos sempre... apesar de tudo; e este "apesar de tudo" cobre um infinito.


in Silogismos da Amargura
E.M. Cioran

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Parece que é mesmo assim: da Poesia à Fisiologia vão só 5 minutos... mas muito divertidos.:D

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