quarta-feira, 25 de julho de 2012

Penso-rápido Melhoral

Adélia Prado tem um pequeno poema que diz assim:
Não quero faca, nem queijo. Quero a fome. 
E eu penso-rápido que o tédio é muito menos uma questão de "faca e queijo" (acesso à cultura e/ou possuir um qualquer "talento") e muito mais uma falta de "fome"(seja vontade ou desejo).
E este pequeno intróito  deve-se ao facto de, hoje,  ser o Dia do Escritor e de Adélia Prado ser daquelas escritoras que "faz poesia como faz bom tempo". Ela é simultaneamente lúdica, lírica, clarividente, existencial. Também é bíblica, (facto perdoável por ser tão encantadora e encantada), mas que a torna uma escritora singular. Por tudo isto, Adélia Prado é alimento nutritivo para quem tem fome e só os entediados é que não se tentam experimentar.

Sem comentários: